Nuvem distribuída: o que é e quais são suas vantagens

A nuvem distribuída é o futuro do cloud computing, e não somos nós que estamos falando. Segundo o Gartner, a nuvem distribuída é uma das principais tendências de tecnologia estratégica para 2021, e até 2024 “a maioria das plataformas de serviço em nuvem fornecerá pelo menos alguns serviços em nuvem distribuídos que são executados no ponto de necessidade”.

Se você tem interesse em aproveitar o melhor que o cloud computing oferece para o seu negócio, leia este texto até o final para descobrir o que é nuvem distribuída, quais são os seus benefícios e desafios.

O que é nuvem distribuída?

Como você já deve saber, a computação em nuvem já faz parte do dia a dia da maioria das empresas do mundo. Atualmente, existem vários tipos de nuvem — pública, privada, híbrida e a distribuída chegou para ampliar o uso dessa tecnologia.

Trata-se de um modelo que distribui nuvens públicas em diferentes locais físicos e ambientes de cloud computing. Entretanto, questões como operação, governança, atualizações e andamento dos serviços permanecem centralizadas, sendo que o gerenciamento do serviço é feito por meio de um único plano de controle.

Ela é vista como uma tendência promissora por especialistas do mundo inteiro justamente por oferecer baixa latência, escalabilidade, excelente distribuição e baixo risco.

Como ela funciona?

A nuvem distribuída realiza a distribuição da infraestrutura de nuvem pública em vários locais físicos, seja em data centers de terceiros, da própria empresa ou do seu provedor de cloud computing.

Segundo o Gartner, “a nuvem distribuída cria subestações estrategicamente posicionadas de computação em nuvem, armazenamento e rede que podem atuar como zonas de pseudo disponibilidade de nuvem compartilhada”.

Mas, ao mesmo tempo em que a ampliação geográfica acontece, o gerenciamento da tecnologia permanece no provedor de nuvem de origem — situação que não acontece na nuvem híbrida, por exemplo. Dessa forma, é possível fazer a interconexão de dados e aplicativos em diferentes localidades e manter o controle centralizado.

Existem inúmeras situações em que a arquitetura de nuvem distribuída ajuda uma empresa. Veja alguns exemplos:

  • negócio que ampliou o seu campo de atuação e quer melhorar o desempenho do seu sistema para o usuário;
  • empresa que adotou o regime home office e precisa armazenar, processar e compartilhar dados de colaboradores localizados em várias regiões do mundo;
  • negócio em fase de planejamento de expansão que deseja ter a máxima qualidade de entrega com o menor custo possível.

Nuvem distribuída é o mesmo que computação de ponta?

Não, mas os conceitos estão muito relacionados. Em resumo, a computação de ponta (ou computação de borda) é uma solução que visa aproximar fisicamente os aplicativos do negócio aos locais onde os dados são gerados. Os principais objetivos são economizar recursos e melhorar a resposta aos usuários.

Como vimos, a nuvem distribuída é uma grande aliada na hora de distribuir geograficamente um sistema com qualidade — o que é muito útil para a computação de borda. Entretanto, é possível usar tecnologias diferentes da nuvem distribuída para aplicar a computação de ponta, e é principalmente nesse ponto que elas se diferenciam.

Quais são as vantagens da nuvem distribuída?

O controle centralizado da nuvem distribuída corrige alguns problemas encontrados em outros modelos.

Ele permite que a empresa escolha com qual configuração o app será executado em cada região e isso garante melhor desempenho, segurança e conformidade com as regulamentações locais. A seguir, conheça melhor os benefícios da nuvem distribuída.

Latência

A nuvem distribuída faz com que a operação dos dados seja realizada fisicamente próxima dos usuários que necessitam daqueles recursos, o que aumenta a largura de banda e reduz as chances de problemas de latência.

Essa característica é muito importante para negócios que precisam garantir um excelente desempenho dos seus aplicativos para atrair e reter clientes de várias localidades. Isso também vale para negócios que possuem funcionários trabalhando remotamente em diferentes regiões.

Riscos

A computação em nuvem distribuída garante muito controle em relação aos dados armazenados. Com a nuvem pública integrada, é possível, por exemplo, determinar que informações sensíveis permaneçam na nuvem privada ou no data center da empresa por motivos de segurança.

Também existe uma redução nos riscos de rede, já que a arquitetura funciona de forma intermitente em sub redes locais.

Compliance

As regras de proteção de dados estão cada vez mais rigorosas, inclusive no Brasil com a LGPD. Em alguns casos, a regulamentação impede que os dados pessoais dos usuários saiam do país de origem e isso pode ser facilmente realizado por empresas que possuem uma estratégia de nuvem distribuída.

Escalabilidade

Além de custoso, construir data centers dedicados em outras localidades pode ser demorado e dificultar a expansão do negócio. A arquitetura de nuvem distribuída aproveita uma infraestrutura já existente, usando as suas ferramentas e pessoal para isso. Um processo muito mais econômico e escalável.

Redundância

Uma das premissas desse novo modelo é a distribuição da infraestrutura de nuvem pública em vários pontos. Dessa forma, é provável que existam backups dos dados em diferentes data centers em caso de problemas, o que reduz as chances de que a indisponibilidade afete os clientes e os funcionários.

Quais são os desafios no uso da nuvem distribuída?

Não é por acaso que as grandes empresas provedoras de cloud computing, como AWS e Azure, já estão trabalhando para oferecer nuvem distribuída — são muitos benefícios. Entretanto, também existem desafios, e o principal deles está relacionado à complexidade de implantar, manter e solucionar problemas em uma infraestrutura tão complexa.

Também é preciso ter um cuidado extra com a segurança para evitar o roubo de dados, que serão fornecidos de vários lugares, e o ataque ao sistema central de controle. E, por falar nele, também é possível que demande mais custo com manutenção.

A mudança para a nuvem distribuída será gradual, pois ainda existem muitas dúvidas sobre como ela vai funcionar e todas as suas possibilidades de atuação. Apesar disso, várias empresas já estão se movimentando e se preparando para aproveitar os benefícios dessa tendência, que, com certeza, vai fazer parte do nosso futuro muito em breve.

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