A Internet das Coisas (IoT, sigla em inglês) está revolucionando o modelo de negócios do mercado atual. Segundo a empresa americana Gartner, até 2020, mais de 50% dos processos implantados em novos negócios terão algum elemento de IoT.
A estimativa da IHS Technology é que até 2020 existam cerca de 30 bilhões de dispositivos (IoT) que podem aumentar a produtividade em todos os setores de negócios. O impacto da tecnologia deve mudar a relação entre empresas e os consumidores.
O que é a Internet das Coisas?
O conceito de Internet das Coisas visa resolver alguns problemas crônicos do modelo de negócios atuais. A base desse conceito é o uso de objetos inteligentes que se comunicam por meio da internet, transportando dados e gerando insights.
Com as mudanças nos modelos de negócios, os custos de montagem e manutenção de equipamentos devem diminuir e mais empreendedores podem surgir no mercado. Tanto o mercado B2B como o mercado B2C estão sujeitos ao impacto do IoT em pouquíssimo tempo.
Quais são as principais tendências da Internet das Coisas e seus impactos em 2019?
A Internet das Coisas deve levar a tecnologia a um nível superior. Os aparelhos conectados tendem a ter o poder de se autogerir, sem interferência humana, o que coloca os modelos de negócios atuais em cheque. Confira quais são as principais tendências desse conceito para as empresas.
Coleta de dados e geração de insights valiosos
Como vimos na introdução, a expectativa é que os dispositivos já sejam suficientes para todo o planeta em 2020. O resultado dessa expansão em massa é a potencialização da coleta e análise de dados com maior eficiência.
Os objetos inteligentes vão muito além de cumprirem funções técnicas, como fazer o reconhecimento facial de pessoas. O acúmulo de dados armazenados nesses dispositivos é uma alternativa viável para colocar o mundo no caminho da sustentabilidade.
A empresa brasileira TOTVS, por exemplo, está implementando no mercado de varejo uma solução que permite monitorar a visitação de um supermercado e gerar insights para campanhas mais assertivas.
A solução bemaGO da TOTVS pode fazer o acompanhamento em tempo real das pessoas que visitam um supermercado, coletar dados e gerar indicadores de consumo.
Assim, os varejistas podem formar perfis comuns de consumidores que frequentam a loja e determinar também padrões de consumo.
Por meio dos dados, é possível saber quais os horários mais visitados e os produtos mais comprados por determinados consumidores, e, assim, fazer promoções que podem otimizar suas vendas.
Os clientes também podem instalar o aplicativo do estabelecimento no smartphone para receber ofertas, de acordo com o seu perfil e histórico de compra.
Como vimos acima, a Internet das Coisas traz a possibilidade de gerar dados com os próprios dispositivos, sendo possível obter insights valiosos que podem otimizar toda uma cadeia de produtos e/ou serviços.
Maior integração e oferta de serviços
Segundo a Intel, a expectativa é que até o final do próximo ano, cada pessoa ao redor do mundo tenha, em média, 26 dispositivos inteligentes.
Essa maior oferta de bens de consumo deve levar as empresas a oferecerem combos de serviços mais funcionais e baratos por meio da Internet das Coisas.
A integração dos usuários é essencial para todos os setores, já que o crescimento da Internet das Coisas no mercado deve acirrar ainda mais a concorrência entre as empresas. A oferta de soluções IoT no mercado B2B deve aumentar bastante para que seja possível amplificar o número de objetos inteligentes entre os consumidores.
As empresas devem vender produtos e serviços integrados, em que dois ou três dispositivos conectados possam dar conta de resolver diversas necessidades dos consumidores.
Com isso, a precificação também deve ser definida pelos clientes de acordo com as suas necessidades, criando combos de ofertas personalizadas com serviços variados.
A solução Hum by Verizon, da operadora de telefonia americana Verizon, mescla serviços de seguro e de monitoramento para veículos.
Por meio de um pequeno dispositivo e de um aplicativo, o usuário do serviço poderá contar com assistência veicular com suporte 24/7 e programar manutenções periódicas em seu carro com poucos cliques.
A empresa cobra, em média, US$20 por mês pelo serviço, o que, segundo especialistas, é uma oferta que dispensa os custos com os dispositivos na tentativa de aumentar a base de clientes da empresa no ramo de serviços automotivos.
IoT otimizada para dispositivos móveis
A última pesquisa PNAD (Pesquisa Nacional por Amostras de Domicilio) divulgada pelo IBGE no ano passado aponta que os smartphones estão presentes em 92,6% dos lares brasileiros. Esse dado muda a ótica de quem pretende investir em IoT no Brasil.
Com os dispositivos móveis em alta, as soluções de Internet das Coisas devem ser focadas na conexão via Wi-Fi e Bluetooth para que os aparelhos inteligentes possam se conectar com os smartphones e o usuário possa ter o controle na palma da sua mão.
Os aplicativos para shoppings centers, por exemplo, são cada vez mais comuns no Brasil e proporcionam vantagens exclusivas ao usuário. O aplicativo do Shopping Nova América, no Rio de Janeiro, faz o cadastro dos usuários e oferece descontos em diversos serviços, mapa de lojas, avisos de promoções, tudo pelo aplicativo.
O usuário que costuma visitar o shopping pode pagar o estacionamento e aproveitar cupons de descontos exclusivos pelo dispositivo.
Além do básico, o shopping também vem investindo em ações pontuais, como jogos de realidade virtual para a caça de produtos
Por isso, a tendência é que o crescimento da Internet das Coisas em 2019 esteja diretamente ligado à facilidade de integração com os dispositivos móveis.
E o principal atrativo para as empresas utilizarem soluções IoT é a oportunidade de gerar uma experiência bem mais dinâmica e interativa para seus clientes.
Entender como a Internet das Coisas pode impactar positivamente a sua empresa é essencial para acompanhar as tendências e entregar uma experiência otimizada para os clientes. Confira mais posts sobre o assunto em nosso blog.